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Diferencial dos mais velhos no mercado de trabalho é a inteligência emocional

Profissionais mais velhos separam melhor o lado pessoal do profissional e são proativos

Fonte: Revista IncorporativaTags: empresariais

O novo paradigma de negócios aponta que, mais do que conhecimento técnico, o que importa é saber usar as relações sociais de forma inteligente para o sucesso e produtividade. Quem afirma isso é a consultora Suyen Miranda, diretora da consultoria Solução Labor, de São Paulo. Em sua opinião, conhecimento pode ser aprendido e precisa ser constantemente atualizado, mas a inteligência no trato com pessoas e emoções é algo que requer atitude da pessoa em aceitar mudanças, principalmente em seu sistema de crenças. “Pessoas brilhantes do ponto de vista de conhecimento técnico intelectual por vezes não tem sucesso na prática profissional por terem dificuldade em lidar com colegas, com pressões, com suas emoções e expectativas. Neste sentido, profissionais mais maduros ganham diferencial porque normalmente já amadureceram no trato social”, explica a consultora.

Mas a inteligência emocional é atributo somente dos mais velhos? Suyen explica que não, mas que por conta da experiência e do processo rápido de mudanças que caracterizou as três últimas décadas o hoje maduro, idoso passou por processos que estimulam esta percepção da interação social como fundamental para o sucesso profissional. “Há jovens com grande abertura para compreender a importância do uso inteligente de suas emoções, sua bagagem de personalidade e percepção do outro, mas isso não é a regra, até porque é algo pouco ensinado ou mesmo estimulado no ambiente acadêmico”, diz Suyen.

Os mais velhos, maduros tem sido realmente mais procurados no mercado de trabalho também por conta de seu conhecimento adquirido ao longo do tempo, que é capaz de resolver variáveis inesperadas e mudanças de cenário. Em estudo recente da Solução Labor ficou claro que um dos fatores para esta procura é o despreparo de muitos profissionais mesmo tendo recentemente saído da faculdade. “Parte da questão se dá pela formação nem sempre adequada, e outra por conta do sistema de ensino focar mais no conhecimento e pouco na interação social, que hoje é um diferencial competitivo”, afirma Suyen como explicação para o problema.

E o que precisa o profissional idoso para aumentar sua empregabilidade? A consultora explica que não há diferenças entre o que o idoso e o jovem devem buscar para seu sucesso profissional: constante aprendizado, abertura para o novo, flexibilidade, fácil trato no ambiente de trabalho, motivação, empreendedorismo mesmo no ambiente do emprego e a tríade conhecimento-habilidade-atitude. “A partir do momento que o profissional deixa claro que é um parceiro para o sucesso da empresa as barreiras de juventude ou maturidade caem por terra e o indivíduo se integra a um time que visa sucesso”, frisa a consultora.

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