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Trabalhar em uma empresa grande ou pequena?

Ambas possuem vantagens e desvantagens. Vamos procurar desbravá-las aqui.

Autor: Paulo KrieserFonte: Revista IncorporativaTags: empresariais

Em uma grande multinacional, o ambiente é rico em diversidade cultural e linguística. Falar inglês e espanhol podem ser atividades diárias para o empregado de uma corporação presente em vários países.

Processos organizacionais, relação com clientes e fornecedores e a ampliação da rede de contatos também costumam ser fatores favoráveis ao se optar pelo trabalho em uma empresa de grande porte. O aprendizado dos processos e da cultura costuma enriquecer o currículo, trazendo experiências que são levadas e valorizadas nos próximos empregos.

Grandes empresas possuem estruturas complexas, e navegar por essas estruturas, absorvendo seu comportamento e funcionalidades traz conhecimento do negócio, o que é diferencial para se trabalhar no setor, além da marca positiva e reconhecida que fica no currículo.

Estas são, acredito eu, as principais vantagens de se trabalhar em uma grande corporação. Em contrapartida, muitos comentários que tenho escutado recaem sobre a impessoalidade do ambiente de trabalho, chegando alguns a afirmar que são apenas "um número". Relações distantes, principalmente com os superiores em posições hierárquicas mais altas, costumam ser padrão. Isto implica em feedbacks mais espaçados.

Outro ponto negativo costuma ser a inércia para mudanças, as quais demoram para se espalharem pelo ambiente. Com uma estrutura maior e mais complexa, inevitavelmente uma alteração costuma apresentar fortes barreiras para ser implantada, em função da organização mais rígida e estável.

Estes fatores impactam diretamente no uso da criatividade do colaborador, que se vê forçado a abraçar os processos organizacionais sem poder dar muito palpite a respeito de como as coisas estão sendo feitas.

Aproveitando o gancho da criatividade, pequenas empresas costumam apostar forte nisto. Sem uma estrutura complexa e rígida, abrem espaço para o colaborador botar suas idéias pra fora. A inovação e a criatividade estão presentes na pequena empresa, que depende destes fatores para conseguir sobreviver.

Sendo mais ágil para mudanças, obtém-se uma adaptação mais rápida ao ambiente, o que a favorece na competição. Sendo pequena, todos os colaboradores se conhecem e mantém uma interação constante, entre pares e entre subordinados e superiores. Os feedbacks são mais contantes e informais.

Como desvantagens, por apresentar uma estrutura mais informal, a pequena organização apresenta planos de carreira informais (quando apresenta), carência de indicadores de desempenho e normalmente não possui uma marca amplamente reconhecida para se colocar no cúrriculo. Este último item, em alguns casos, pode ser sanado através da experiência da empresa com clientes de grande porte. Participar em um projeto de um cliente multinacional pode ser colocado no currículo, e isto salta aos olhos do entrevistador.

Pequenas e grandes empresas precisam umas das outras, para complementarem suas operações através dos pontos os quais não conseguem atingir com seu porte de organização. Oportunidades excelentes de trabalho são encontradas nas duas pontas. Para os bons profissionais, cabe a eles decidir onde querem investir seu precioso tempo.

 

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